quarta-feira, 8 de junho de 2011

Que prenda!...


Pois tenho passado os últimos dias a pensar em que prenda…
Que prenda poderei eu dar a Carlos Carreiras pelo seu aniversário que passou ontem, 7 de Junho?
António Capucho deu-lhe a prenda antecipada, o cadeirão de Cascais.
Embora de forma estranha se mantenha com gabinete instalado em instalações municipais, mantém o secretariado, uma energia extraordinária no comentário político em rádios e televisões, uma dedicação às redes sociais fantástica, mas a “doença” não o deixa assumir em pleno o seu mandato no município de Cascais.
Os munícipes de Cascais perdoar-lhe-ão ou não esta decisão, o futuro o dirá.
Mas esta omissão do Presidente votado pelos cascalenses encerra um custo desmesurado para Cascais, para os seus munícipes, para os contribuintes.
Cascais e os cascalenses estão a pagar com língua de palmo esta obsessão de Carlos Carreiras em querer ser Presidente de Câmara.
Centenas de milhar de euros gastos em empresas de comunicação para lhe fazer a imagem, para inventar notoriedade. Pago pela CMC!
Dezenas de assessores espalhados aos quatro ventos entre Câmara, Agências e Empresas Municipais, gente no exílio de Lisboa, com votos que foram e continuarão a ser fundamentais para perpetuar o poder de Carlos Carreiras no PSD ao nível Distrital e quando chegar a hora de decidir quem vai ser o cabeça de lista para Cascais. Pago pela CMC, claro!
Um conjunto de unidades de controle da estrutura, uma entourage que blinda a actividade de Carlos Carreiras, uns mais polidos outros com comportamentos a raiar o grotesco, mas todos a contribuir para a barreira de fumo que envolve esta espécie de estrela musical.
Assessores directos de Carlos Carreiras, vários, nomeadamente o inenarrável João Salgado ou o indescritível Fernando Marques, destacados na campanha de Pedro Passos Coelho, não de férias ou de licença para candidatos que não foram. Pagos pela CMC, pois claro!
Uma prenda, uma prenda…
Talvez uns óculos, para ele ver, para tomar consciência das figuras que anda a fazer…
Mas óculos já usa, portanto não parece ser solução.
Esta semana, em tempo de troika, em tempo de contenção de despesas no poder central e no poder local, como tanto Carreiras tem apregoado nos textos que assina no jornal i mas que duvido que os escreva, (porque até estão bem escritinhos o que, como sabem, não é uma das qualidades de Carreiras…) houve mais um simulacro de regabofe.
Reunião marcada no Centro Cultural de Cascais para todos os dirigentes municipais, para aí umas 200 pessoas, com almoço e tudo, para apresentar a nova imagem da Câmara Municipal de Cascais!
A vontade de assassinar a história e os seus intervenientes é tal que o homem só descansa quando o zé de Cascais achar que antes de Carreiras nada, depois de Carreiras tudo!
Com a CMC a pagar, o tempo dos dirigentes que não estiveram a dirigir mas antes a participar na missa de auto elogio de Carreiras, foi apresentada a nova imagem, muito mais gira, de certeza.
Não sei quanto custaram os estudos todos que levaram a esta decisão. Mudar a imagem da CMC no meio da vigência do mandato de António Capucho, autor da última alteração parece anedota… Mas, infelizmente, não é!
Fazem ideia de quanto vai custar aos cofres do Município esta decisão bacoca e provinciana do nossso putativo grande líder?
Centenas de milhar de euros, para mudar todo o estacionário, para refazer toda a imagem comunicacional.
Só um homem com letra pequena e umbigo descomunal seria capaz de tamanha desfaçatez.
Carlos Carreiras.
Vejo nos últimos dias, as imagens de campanha, da noite eleitoral e um denominador comum: tal como o papagaio do pirata, como o emplastro do Porto, sempre a carinha de lua cheia de Carreiras a pairar sobre o ombro de Pedro Passos Coelho!...
Senhor Primeiro Ministro de Portugal tenha muito cuidado, a sua imagem pode bem ser prejudicada com a constante presença daquele bibelot nas suas fotografias…
Mas que prenda?
Se houvesse à venda, comprava um bocado de juizo, uma pitada de bom senso, dois ou três grãos de verticalidade e seriedade e uma porção de realismo e oferecia-lhe. Como prenda de anos.
Com 50 anos já devia andar com os pés no chão. Mas não.
Que prenda!
Que prenda que este Carreiras saiu!…

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