domingo, 27 de janeiro de 2013

CARREIRAS ASSUME PROBLEMA COM REGO…


A notoriedade, ou a ausência dela, tem destas coisas.
Quando menos queremos, estamos envolvidos numa qualquer polémica que nos consome as energias, nos obriga a dar explicações parvas, e a dizer que sim e o contrário.
Carreiras teve azar. Ele está preparado para responder da forma mais grotesca a qualquer crítica ou reparo que lhe façam. Nos jornais, em discursos ou no facebook, não se coíbe de largar a maior das atoardas, mesmo que isso seja aos olhos de todos, reacção exagerada.
Deu já muitos exemplos disso.
Mas no campo da Cultura, Carreiras tem evidentes dificuldades.
Hostiliza a sua Vereadora, hostiliza os meios intelectuais de Cascais, hostiliza, de forma ostensiva, a Fundação Paula Rego porque para Carreiras, cultura é espectáculos com grupos da moda, é espectáculos com artistas e grupos nacionais e estrangeiros, é espectáculos comprados a preços obscenos para sobrar boas vontades de algumas produtoras quando chegarem as eleições autárquicas!
Perante os ataques soezes que Carreiras foi desferindo aos representantes de Paula Rego na Fundação com o seu nome, Paula Rego manteve um ensurdecedor silêncio, deixando-o brincar à vontade com os seus amigos do governo acerca da classificação da Fundação.
Respondeu-lhe agora em Londres, na inauguração de uma exposição com trabalhos novos entre os quais um que chama a atenção pelo nome – Avareza – e pela figura que retrata – o nosso “amigo” Carreiras!
Carlos Carreiras acusou o toque e, ao querer parecer urbano na apreciação, ainda ficou mais grotesco.
Bem pode colocar o quadro como identificação na página pessoal do Facebook ou mandar os seus lacaios Salgado e Pinto Luz alardear a “honra” que é ser perpetuado num quadro de Paula Rego ou ainda confirmar que é avarento a gerir os dinheiros públicos porque nada do que faça o retira do ridículo em que Paula Rego o colocou à força de umas boas pinceladas!
Abençoadas mãos que conseguem gritar assim!
Claro que a mensagem de Paula Rego está carregada de ironia que Carreiras não quer perceber!
Chegados aqui, é tempo de o Lixa nº 5 poder fazer também um bocadinho de serviço público neste tão mal amado blogue:

Significado de Avarento:
adj e s.m. Que ou aquele que alimenta a paixão ou o hábito de juntar dinheiro. Aquele que não é generoso ou caridoso.

Sinónimos de Avarento:

Ora todos sabemos que Carreiras até poderá ser mão de vaca com o seu dinheiro mas, com o dos munícipes é um mãos largas que até arrepia. Já viram bem o buraco das contas de 2012 na Câmara de Cascais?
Mas esta história de usar a pintura para chatear Carlos Carreiras já tem um histórico de premonição.
Leonardo Da Vinci tinha já realizado várias pinturas inspiradas em Carlos Carreiras.
A Mona Lisa, a verdadeira mona lisa, é a de Carlos Carreiras.
Para disfarçar, Da Vinci acabou por representar um morena por sinal bem guedelhuda mas o modelo original era o nosso edil.
Também a última ceia pretendia representar o último repasto antes de perder as próximas eleições autárquicas, rodeado dos seus mais dilectos seguidores, Pinto Luz, Piteira, Salgado, Lage, Fernando Marques, João Dias Coelho, Teixeira Lopes, Ricardo Leite, Pedro Campilho, Paulo Andrez e José Nunes de Carvalho.
Carreiras e os seus comensais, sentados à mesa do orçamento pela última vez lá para Setembro…
O Homem vitruviano era, nem mais nem menos, que a tentativa de transformar Carreiras num cânone das proporções. Da Vinci desistiu porque tornar Carreiras proporcional era impossível. Com Carreiras tem que ser tudo à grande e à francesa!...
Renoir teve a antevisão do sucesso que teriam os paquetes de luxo a largar passageiros em Cascais e representou o seu “Almoço Festa no Barco”, um “sucesso” que se veio a confirmar…
 Só Salvador Dali, a pensar em Carlos Carreiras, fez o seu célebre quadro “A persistência  da memória” e enganou-se, porque Carreiras é muito esquecido.
Lembra-se hoje, para se esquecer amanhã, e depois de amanhã lembrar-se exactamente do contrário com a mesma veemência de verdade absoluta.
Só que os outros pintores já morreram. Paula Rego está bem viva.
E sendo um símbolo vivo da cultura portuguesa, que em boa hora aceitou o desafio de Capucho para a Casa das Histórias, é pena que comece a ficar zangada com os sucessores de António Capucho.
É por demais evidente, que Carreiras tem um grave problema com Rego…




sábado, 5 de janeiro de 2013

CASCAIS IMPLEMENTA “NEO NEO”


Até à queda do muro de Berlim existia  a ideia politica de esquerda e de direita.
Depois tornou-se mais difícil perceber os contornos ideológicos.
Nos últimos anos  vemos os Partidos de Governo em Portugal andar à volta do socialismo ou da social democracia e os herdeiros da direita a falar de liberalismo ou neo-liberalismo.
Mas Carlos Carreiras tem estado envolvido no desenvolvimento de uma nova doutrina, um novo conceito ideológico.
Ao neo-liberalismo, que acredita em que o mercado tudo resolve, “Empresas tudo Estado nada”, tem-se contraposto o Estado Social, que pressupõe que o Estado tudo resolve e é à sombra dele que alguns resolvem bem a sua vida.
Por razões diversas os Partidos do poder em Portugal têm-se trocado todos, PS, PSD e CDS/PP à vez ora vão desenvolvendo políticas mais social democratas ora eivadas de um certo neo-liberalismo.
Ultimamente, assistimos à acção de um governo PSD/CDS que tem sido invectivado do apelido de neo-liberal.
Mas em Cascais surgem sinais de um novo líder político, que está a fazer furor com as suas práticas que redefinem o neo-liberalismo e que alguns já identificam como uma nova doutrina – o neo neo-liberalismo ou simplificando a teoria política do “Neo-Neo”.
Carlos Carreiras desenvolveu as primeiras experiências desta teoria em ratas e ratos de Campinas no Brasil e está agora a fazer a experimentação em mulheres e homens de Cascais.
Como temos reparado, Cascais transformou-se num imenso laboratório com Carlos Carreiras.
É o empreendedorismo, é a passagem de competências de investimento do Ministério da Administração Interna para as autarquias, com Cascais a comprar esquadras e viaturas para oferecer à PSP, é Cascais a liderar as ideias peregrinas de redução de freguesias, é agora Cascais que vai substituir-se ao Ministério de Educação e vai assumir as competências no ensino secundário, enfim Cascais sempre “prá-frente” até à grande queda no abismo!
O “Neo Neo” é uma versão “melhorada” do neo-liberalismo em que as pessoas, as empresas e o estado ficam ao dispor dos “especiais interesses” do líder político, neste caso, Carlos Carreiras.
Exemplos, são muitos. Mas o mais recente é especial porque ilustra de forma colorida a essência desta nova teoria política.
Esta recente notícia é um farol que nos ilumina o caminho da compreensão desta nova praxis política.
Dava muito jeito avançar com a bandeira de trazer uma Universidade com prestígio para Cascais.
Passe de mágica foi oferecer uma localização paradisíaca, junto ao Forte de S. Julião em Carcavelos. Vista de Mar, junto à praia, um convite para novas descobertas, desbravar novos caminhos mesmo que os de economia.
O Reitor da Nova babou-se de tanto salivar e vai de concordar com a oferta, isto é que é um autarca com visão, blá blá blá…
Na caserna cascalense houve quem tivesse estranhado tal oferta.
Fazia sentido utilizar um terreno com localização tão nobre para construir uma universidade pública?
A construir-se uma Universidade em terrenos cedidos pelo município de Cascais não teria sido mais interessante pegar numa das zonas mais degradas do concelho e usar este veiculo para a repensar, para a planear?
E o terreno não sendo municipal quem é que o ia pagar e porque valor?
É aqui que entra o mais refinado pensamento “Neo Neo”.
Usando o mesmo truque de muitos empresários que compraram terrenos agrícolas por tuta e meia e “agilizaram com uns amigos da câmara” a passagem dessas zonas para zonas urbanas, eis o nosso “líder do Neo Neo” a querer expropriar os terrenos ao preço de terrenos onde não é possível construir para a seguir, enquanto autarca, promover a alteração do PDM para aquele terreno e autorizar a construção de uma Universidade à beira-mar plantada!
Isto não é esperteza saloia!...
Saloios são os munícipes que nunca mais decidem que chegou a hora de parar esta comédia!
E esses, que me desculpem a arrogância, estão a ser pouco espertos!