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Exerceu funções de direção e
administração em diversos grupos privados, operadores nos sectores da hotelaria
e turismo, imobiliário, distribuição de combustíveis e produtos de grande
consumo.
Militante do PPD/PSD, sucedeu a António Capucho, como Presidente da Câmara Municipal de Cascais, a 28 de Janeiro de 2011, tendo sido candidato, com sucesso,
da coligação PSD/CDS-PP à mesma autarquia nas eleições autárquicas de 2013. Antes disso, ocupava o cargo
cargo de Vice-Presidente da mesma autarquia e, antes desse, o de Vereador, (…)
Era uma vez…
Um Lavrador
decidiu, depois de ter passado uma parte da vida a lavrar terrenos de outros,
que deveria dedicar-se ao pastoreio.
A agricultura feita nos terrenos dos outros frustrava a
sua firme convicção de se tratar de uma força da natureza que estava a ser
desperdiçada.
Acreditava ele que tinha especiais condições de liderança
e a sua ambição levou-o a tomar a decisão de mudar de vida.
Tornou-se amigo de um outro Pastor de anos a cuidar de
animais e resolveu dar-lhe o golpe do baú ficando-lhe com os animais.
Mas gerir o rebanho dava muito trabalho e num rebanho há
sempre alguns animais com maior “personalidade” que insistem em ir pastar onde
lhes apetece e não onde o mandam.
Rodeou-se de um conjunto de cães de guarda, para tomar
conta do seu rebanho.
O Miguel, o Piteira, o Salgado, o Marques eram alguns dos
cães que asseguravam que o gado não se tresmalhava.
Os animais não gostam de estar em espaços circunscritos.
Gostam de ter a liberdade de se deslocarem para onde e quando lhes apetece.
Ora esta atitude dos animais colidia com a vontade do
Pastor de controlar cada movimento dos seus animais.
Pensou então numa arrojada solução de quase truque
cinematográfico.
Mandou fazer uns enormes cartazes com verdes pastagens e
colocou-os em toda a volta do recinto onde queria manter as suas ovelhas.
Estas, olhando em que direção fosse, viam apenas lindos
prados embora, sempre que se chegavam aos limites da vedação colidiam com as
enormes fotos.
Mas virando-se ao contrário voltavam a ver enormes
pastagens a perder de vista, fruto do efeito provocado pelos cartazes.
Rapidamente esqueciam a ideia de liberdade em face da
sensação que os seus olhos lhes transmitiam de um prado sem limites…
Infelizmente para o Pastor, conviviam neste enorme
rebanho de ovelhas e carneiros algumas cabras e bodes.
Não eram muitos mas a sua atitude mais destemida, a sua
tentativa de ultrapassar obstáculos, de não se limitar a comer a erva do chão,
aventurando-se a comer as tenras folhas dos arbustos mais altos, desafiando por
vezes as leis da gravidade, vieram a transformar-se num enorme problema para a
“sociedade animal” que o Pastor criara.
Só quem não conhece as cabras e os bodes!
Quando se chegavam junto da vedação, de forma destemida
vai de começar a comer os cartazes e com facilidade deixaram à vista o embuste
em que toda aquela “comunidade animal” se deixara cair.
Afinal não havia pastos infinitos. Tudo aquilo não
passava de uma ilusão, uma imagem criada para enganar todos aqueles animais.
As cabras e os bodes foram os primeiros a saltar fora.
Uma boa parte das ovelhas acabaram por lhes seguir o
exemplo ficando apenas no redil algumas mais velhas ou com manifesta falta de
mobilidade ou visão… (Sim, há muitas ovelhas com falta de visão…).
Nem os cães de guarda lhe valeram. Em espaço confinado os
cães são capazes de controlar mas em espaço aberto torna-se missão impossível!
O Pastor decidiu então recriar a vedação e desistiu de
ter cabras e bodes.
Agora só ovelhas.
Das mansas, indolentes e com pouca visão…
Moral
da História:
Os truques, as ilusões,
até funcionam desde que com “pessoal manso, indolente ou com extrema falta de
visão”.
Como
perceberam, interrompo aqui uma longa sequência de temas sobre Cascais para me
dedicar a histórias “para crianças”…
Aproveito para
deixar a todos os meus leitores, os que acham alguma piada aos meus escritos e
os muitos que vêm ler as últimas para ficarem verdes de raiva, um Muito Feliz
Natal e um Ano Novo próspero e repleto de saúde.