sábado, 5 de janeiro de 2013

CASCAIS IMPLEMENTA “NEO NEO”


Até à queda do muro de Berlim existia  a ideia politica de esquerda e de direita.
Depois tornou-se mais difícil perceber os contornos ideológicos.
Nos últimos anos  vemos os Partidos de Governo em Portugal andar à volta do socialismo ou da social democracia e os herdeiros da direita a falar de liberalismo ou neo-liberalismo.
Mas Carlos Carreiras tem estado envolvido no desenvolvimento de uma nova doutrina, um novo conceito ideológico.
Ao neo-liberalismo, que acredita em que o mercado tudo resolve, “Empresas tudo Estado nada”, tem-se contraposto o Estado Social, que pressupõe que o Estado tudo resolve e é à sombra dele que alguns resolvem bem a sua vida.
Por razões diversas os Partidos do poder em Portugal têm-se trocado todos, PS, PSD e CDS/PP à vez ora vão desenvolvendo políticas mais social democratas ora eivadas de um certo neo-liberalismo.
Ultimamente, assistimos à acção de um governo PSD/CDS que tem sido invectivado do apelido de neo-liberal.
Mas em Cascais surgem sinais de um novo líder político, que está a fazer furor com as suas práticas que redefinem o neo-liberalismo e que alguns já identificam como uma nova doutrina – o neo neo-liberalismo ou simplificando a teoria política do “Neo-Neo”.
Carlos Carreiras desenvolveu as primeiras experiências desta teoria em ratas e ratos de Campinas no Brasil e está agora a fazer a experimentação em mulheres e homens de Cascais.
Como temos reparado, Cascais transformou-se num imenso laboratório com Carlos Carreiras.
É o empreendedorismo, é a passagem de competências de investimento do Ministério da Administração Interna para as autarquias, com Cascais a comprar esquadras e viaturas para oferecer à PSP, é Cascais a liderar as ideias peregrinas de redução de freguesias, é agora Cascais que vai substituir-se ao Ministério de Educação e vai assumir as competências no ensino secundário, enfim Cascais sempre “prá-frente” até à grande queda no abismo!
O “Neo Neo” é uma versão “melhorada” do neo-liberalismo em que as pessoas, as empresas e o estado ficam ao dispor dos “especiais interesses” do líder político, neste caso, Carlos Carreiras.
Exemplos, são muitos. Mas o mais recente é especial porque ilustra de forma colorida a essência desta nova teoria política.
Esta recente notícia é um farol que nos ilumina o caminho da compreensão desta nova praxis política.
Dava muito jeito avançar com a bandeira de trazer uma Universidade com prestígio para Cascais.
Passe de mágica foi oferecer uma localização paradisíaca, junto ao Forte de S. Julião em Carcavelos. Vista de Mar, junto à praia, um convite para novas descobertas, desbravar novos caminhos mesmo que os de economia.
O Reitor da Nova babou-se de tanto salivar e vai de concordar com a oferta, isto é que é um autarca com visão, blá blá blá…
Na caserna cascalense houve quem tivesse estranhado tal oferta.
Fazia sentido utilizar um terreno com localização tão nobre para construir uma universidade pública?
A construir-se uma Universidade em terrenos cedidos pelo município de Cascais não teria sido mais interessante pegar numa das zonas mais degradas do concelho e usar este veiculo para a repensar, para a planear?
E o terreno não sendo municipal quem é que o ia pagar e porque valor?
É aqui que entra o mais refinado pensamento “Neo Neo”.
Usando o mesmo truque de muitos empresários que compraram terrenos agrícolas por tuta e meia e “agilizaram com uns amigos da câmara” a passagem dessas zonas para zonas urbanas, eis o nosso “líder do Neo Neo” a querer expropriar os terrenos ao preço de terrenos onde não é possível construir para a seguir, enquanto autarca, promover a alteração do PDM para aquele terreno e autorizar a construção de uma Universidade à beira-mar plantada!
Isto não é esperteza saloia!...
Saloios são os munícipes que nunca mais decidem que chegou a hora de parar esta comédia!
E esses, que me desculpem a arrogância, estão a ser pouco espertos!

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