O que
se diz do casamento na religião cristã não se pode aplicar à política! De todo!
A
Política uniu António Capucho a
Carlos Carreiras.
Carreiras
encostou-se ao movimento de militantes que promoveram a candidatura de Capucho
em 2002 e cedo percebeu que tinha ali uma fileira que podia aproveitar.
Tomou
de assalto a concelhia e a seguir a Distrital.
Enquanto
Presidente da Concelhia do PSD impôs-se na lista candidata em 2006 no lugar de
Vice-Presidente e impôs a saída de dois vereadores que não lhe eram fieis nem
lhe faziam fretes: Carlos Reis e Rui Rama da Silva.
Começou
a longa caminhada de tomar o aparelho camarário e o do Partido. Transformou-se
num Rei, não por via de herança ou da árvore genealógica, não pelo amor dos
súbditos, mas pela conquista.
António Capucho não quis afrontar
o “enfant terrible” de Cascais e, em bom Português, lixou-se.
Tentou
negociar uma saída, mas quem negoceia em posição de
fraqueza com gente como Carreiras está tramado.
Capucho
foi tramado.
Carreiras
prometeu-lhe muitos e fundos e deu-lhe uma mão cheia de nada.
Por fim
correu-o porta fora, sem glória nem honra, e achincalhou-o como só Carreiras
sabe fazer.
O
episódio da tolerância de ponto no
Carnaval e as eleições para a concelhia em Cascais são sinais evidentes do que
acabo de afirmar. Mas nisto tudo há uma hipocrisia imensa, que custa a
suportar.
Capucho
criticou a decisão do Governo de não dar tolerância de ponto.
Afirmou
também que não é especial admirador de Carnaval mas ainda assim acha errada a
decisão do primeiro ministro.
Carreiras
acusou publicamente Capucho de ser hipócrita porque não gostando do Carnaval
criticou o primeiro ministro.
Carreiras
apoia a decisão do governo.
Carreiras,
ao mesmo tempo dá tolerância de ponto na
CMC ignorando a decisão do primeiro ministro.
Hipocrisia?
De quem?
Depois
deste episódio, com trocas de mails entre os dois com ameaças veladas,
aconteceu o jantar de homenagem a António Capucho
na passada quinta-feira dia 9 de Fevereiro.
Para
espanto de muitos, Carreiras foi ao jantar e ficou na mesa de honra ao lado de
António Capucho. O tal que dias antes tinha apelidado de hipócrita.
Primeira
conclusão: Carreiras vai a todos, (os jantares, claro!...), mesmo que em homenagem
de “hipócritas”…
Capucho,
depois de ter sido chamado de hipócrita até parece ter gostado porque no seu
discurso não faltaram promessas de apoio ao “novo” Presidente da Câmara.
Bate-me
que eu gosto…
Para
quem assiste a isto mais parece conversa de “gajas”…
Diz a Bíblia
que não separe o homem o que Deus uniu.
Na
política é diferente. A política une e separa consoante os interesses da classe
dominante…
Carreiras
está por cima e gosta. Usa e abusa da posição dominante. Até um dia…
António
vai para casa, e calça as pantufas, Carreiras calça as botas cardadas para
distribuir fruta…
Cascais,
no seu melhor!
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