Quando analisamos a lista candidata à Comissão Política da Secção de Cascais do PSD, verificamos que mais de metade desta Comissão é composta por assessores, directores municipais, administradores de empresas municipais ou funcionários da Câmara Municipal de Cascais.
Acaba por ser uma contradição, ou… talvez não!...
Supostamente, a Comissão Política deve ser a entidade fiscalizadora da actividade política dos autarcas, deve constituir uma referência para a estratégia política definida e deve obrigatoriamente ser a autoridade política ao nível concelhio.
Ora, se se confunde fiscalizador e fiscalizado, autoridade e subalterno o resultado não pode ser bom.
E depois há o exemplo.
Quem manda, quem fiscaliza, deve ser fonte de inspiração e reconhecimento, um exemplo.
Não é de todo o que acontece neste caso.
O próprio Presidente da Comissão Política recém eleito, Dr.
Requisitado ao Ministério das Finanças, há já 8 anos, pela ESUC – Empresa Municipal de Intervenção Urbana em Cascais, tem mantido actividade na Assembleia Municipal, intervem em alguns pareceres jurídicos em temas desenvolvidos por alguns gabinetes municipais mas, na ESUC, a empresa que há oito anos lhe paga uma remuneração de mais de 3.000 € mensais, só lá vai participar no Jantar de Natal.
Claro que não se dedica em exclusivo à actividade municipal – a requisição foi muito importante para que pudesse ter actividade sem problema de maior na empresa de aviação dos irmãos Mirpuri, onde parece ter responsabilidades ao nível do contencioso.
Agora, a pergunta que interessa fazer é a quem é que interessa este tipo de situação em que quem supostamente fiscaliza, mantém ou não mantém o seu emprego apenas por determinação do fiscalizado?
Está-se mesmo a ver, não é?...
Talvez ainda venhamos a assistir ao Primeiro-Ministro nomear, em acumulação, o seu Ministro das Finanças para o lugar de Presidente do Tribunal de Contas…
O que não diria o Presidente da Distrital do PSD?...
Caro Lixa,
ResponderEliminarApós ler as suas linhas, não posso estar mais de acordo consigo. Cascais precisa mesmo de um rumo e de uma política efectiva de desenvolvimento socialista. Desde pequena que me lembro que Cascais era um Concelho dinâmico e pujante coisa que hoje em dia não se vê. Já nos mandatos anteriores de Capucho viu-se bem a inoperância e a incompetência de alguns vereadores e colaboradores. São sempre os mesmos inaptos nos lugares e nas empresas Municipais. Felizmente alguns sairam...Cascais merece mais e acredito que o Partido Socialista tem soluções e capacidades para ser uma alternativa. Sugiro que não ande com a cabeça no AR como costuma dizer uma amiga que temos em comum!
Maria Paula de Oliveira