Cascais começou por ser terra de pescadores.
Foi terra
escolhida por Reis e pela família Real.
Foi, a partir dos anos setenta a terra dos patos bravos.
Mas com a chegada de Carlos Carreiras à Câmara de Cascais
a moda em Cascais passou a ser efémera, porque a dinâmica instaurada por este
“ícone da democracia” é imparável.
As modas, as tendências, sucedem-se a uma velocidade
imensa forçadas pela dinâmica de dar nas vistas que Carlos Carreiras quer
imprimir.
Há poucos anos foi a colónia de burros lanudos que foram,
por obra da Câmara, ocupar Vale de Cavalos.
Mas muita gente brincou com isso (até eu glosei neste
blogue os asininos Carreiras, Luz e Piteira!) e Carlos quis mudar a imagem de
novo.
Tão depressa é um
furioso motoqueiro ao domingo, modelo de quadro da Paula Rego à segunda, à
terça um danado surfista, à quarta janta com os tios da Vela de Cascais, à
quinta é vice presidente do PSD a largar uma farpa a Rui Rio ou a criticar o
governo do seu Partido, à sexta recebe o Grão Mestre da Loja Maçónica, e no
sábado passeia com as Freiras do Amor de Deus!

Mas impunha-se transformar Cascais numa terra de inteligentes. Com a ajuda da Universidade
Nova vem aí um viveiro internacional de inteligência. Para o projeto pouco
contribuirão os residentes uma vez que está mais ou menos provado que
inteligência em Cascais é um bem escasso…

Para isso desenterrou uma arma que a mais ninguém
passaria pela cabeça – mudar o logo e a imagem da Câmara de Cascais dando-lhe
um ar mais arredondado, às bolinhas, muito mais fofinho!
Poderia passar por algumas cabeças que esta súbita
necessidade de mudar a imagem institucional pudesse ter alguma ligação com a
necessidade de pagar uma qualquer fatura do exagero que foram os custos da
coligação Viva Cascais nas últimas eleições mas para mim faz muito mais sentido
que a nova imagem nos queira assumir como Cascais,
terra de gays!
Ai Carlos, você de pensar assim em tudo, dá-me a volta à cabeça!...