Miguel Pinto Luz aprendeu com Carlos Carreiras a postura arrogante, a prepotência, a atitude de sobranceria e má criação.
Do grupo que tomou de assalto Cascais, diga-se em abono
da verdade de forma muito bem sucedida, era o inteligente, o único que parece
ter aproveitado a licenciatura que fez.
Mas, como numa capoeira, os Pintos crescem e também
querem ser galos.
É visível que o espaço disponível começa a ser curto para
a convivência entre Carreiras e Pinto Luz.
O Pinto quis dar o salto e o grito de Ipiranga e tratou
de ingressar no governo de Passos Coelho, aventura que durou 20 dias!
Sem outro poiso, lá teve que regressar a Cascais onde
apenas tinha suspendido o mandato…
Mas Carreiras olha para Pinto Luz já não como um aliado
mas como uma ameaça.
Ameaça de protagonismo e acima de tudo ameaça de ocupação
do poder!
O que se tem passado nestas eleições internas do PSD são
uma demonstração de que vamos, muito brevemente assistir a uma luta de vida ou
de morte na capoeira de Cascais.
Enquanto Carreiras trata de recuar estrategicamente para
a Câmara de Cascais abandonando o palco mediático da vida partidária a nível
nacional, Pinto Luz lança-se de cabeça ou melhor dizendo, lançaram-no de
cabeça.
Primeiro Relvas deixa escapar uma ideia, como quem não
quer a coisa, que Miguel Pinto Luz poderia ser candidato à Presidência do PSD.
Os militantes do PSD a nível nacional quase esgotaram a
capacidade dos servidores do Google, tal foi a pressão nas pesquisas que
fizerem para tentarem perceber quem era este ilustre desconhecido, amigo de
Relvas…
A “chuva de apoios” esteve em linha com a seca que se tem
verificado em Portugal e, embora constrangido, lá avisou Pinto Luz que afinal
não era candidato.
Amuado, já que não era candidato, resolveu escrever uma
carta a Rui Rio.
Uma carta com condições que não teve consequências no
Congresso do PSD.
Mas no Congresso
ficou claro que Pinto Luz não passou de uma lebre, lançada à frente para
marcar o território da linha Passista mais ortodoxa chefiada claramente por
Montenegro.
Este protagonismo nacional é incompatível com o lugar
ocupado no executivo de Cascais.
O Presidente afirma aos quatro ventos que não vai
“atraiçoar” a Direção do Partido e o vice-presidente assume todo o protagonismo
no ataque descabelado à Direção do Partido?
Afinal quem manda em quem?
Ficou claro que o Pinto
foi promovido a lebre.
Chegará a galo?
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