sábado, 7 de maio de 2011

Ser Português! Para o bem e para o mal!

Sou Português e tenho um imenso orgulho nessa condição.
Tenho orgulho no passsado do povo a que pertenço mas alguma nostalgia pelo facto de sentir que Portugal, enquanto Nação, enfrenta nos tempos que correm algumas fragilidades e deficiências.
Mas gostaria  de poder contribuir de forma empenhada para ajudar a mudar este rumo que teimamos em seguir.
Dito isto, passo a comentar a última coqueluche da Geração C Cascais, o vídeo que foi apresentado no encerramento das Conferencias do Estoril:

É bom ter orgulho no nosso passado. Indiscutível!
É bom reagir à crítica quando ela não é justa. Com veemência!
Mas é bom ter a humildade de reconhecer os erros que se cometem e a capacidade de arrepiar caminho procurando corrigir esses erros.
Com convicção, considero que a sobranceria, a arrogância, a agressividade, têm que ser usadas na medida certa sob pena de tendo razão, podermos aos olhos de todos perdê-la.
Este filme, na primeira abordagem, é uma lição mais ou menos correcta de história, e acima de tudo uma injecção de adrenalina no ego do povo português que tanto precisa de ânimo e de confiança.
Mas, à imagem do lider espiritual da Geração C, Carlos Carreiras, a mensagem descamba para a provocação fútil, para a arrogância e para a agressividade barata que não só nada resolve, como nos retira a réstia de razão que nos poderia assistir.
Os Finlandeses têm dúvida em emprestar uns patacos a Portugal? Tomem lá sopa de urso, que é para aquecer!...
Nós somos muito mais antigos, eles até usam uma bandeira que já foi nossa e para além de inúmeros exemplos da nossa grandiosidade passada, até lhes demos uns pares de sapatos e umas camisas de colarinhos coçados em 1940 o que os transforma em mal agradecidos!
Desculpem lá, geração C, Carlos Carreiras ou seja lá quem for que tenha sido o autor disto mas, com este tom, esta mensagem não é de certeza uma boa ajuda para os nossos objectivos nacionais!
Deixem-me ser um bocadinho Finlandês, só por momentos, para vos responder no mesmo tom. E vejam lá se não é tão agradável…
Nós os Finlandeses estávamos esfomeados em 1940 e foi importante a ajuda Portuguesa nessa altura. Mas construimos, a partir daí, um país solidário, com justiça social, com crescimento económico, com trabalho.
Não temos nenhuma estátua de um jogador negro moçambicano à porta dos nossos estádios, mas temos um telemóvel construído por nós no bolso de mais de metade dos portugueses.
Em contrapartida Portugal nos anos oitenta pediu empréstimos ao FMI, nos anos noventa e na primeira década do século XXI recebeu paletes de milhões de euros de ajudas da CE que supostamente deveriam ter sido aplicados a infraestruturar Portugal e a desenvolver a sua economia.
E o que temos hoje? Um país com auto-estradas com fartura, mas que em algumas delas passam carros de dez em dez minutos, um país que se propôs construir um TGV para poupar meia hora na viagem Lisboa Porto, um país que criou uma panóplia de incentivos ao não trabalho sob a capa de ajuda social, um país que se habituou a gastar mais do que produz como se isso fosse normal e sustentável, um país que despreza a justiça, um pais que alimenta uma classe política despesista sem exigência ou critério, um país que alimenta uma função pública nacional e local pouco produtiva.
Porque carga de água devem os Finlandeses aceitar, sem reservas, que as cigarras portuguesas voltem a usfruir dos bens que as formigas finlandesas ajudaram a criar?
Precisamos de ajuda.
Por nossa culpa.
Não por culpa dos Finlandeses mas dos Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e o nosso “dilecto” actual primeiro ministro José Socrates.
Todos, embora com responsabilidades diferentes, deixaram a sua impressão digital no regabofe que este país se transformou.
Proponho uma alternativa para este diferendo com os Finlandeses e que poderia ser personificado por Carlos Carreiras, dando o exemplo de arrepiar caminho no tal regabofe, propondo-se acabar com as agências que criou no universo CMC  e assegurando por essa via a exemplar redução de 15% dos custos com pessoal naquela câmara.
Eu Finlandês considerava um sinal de juizo e contenção na despesa pública que Portugal precisa, eu Português começava a creditar que é possível refundar Portugal…

terça-feira, 3 de maio de 2011

A Nobre História do Coelho, do Lobo e do Capuchinho…


Se bem que o nome Capuchinho é por demais conhecido por outras histórias, é uma forma fofinha de tratar o nosso ex Presidente de Câmara de Cascais, António Capucho.
Contrariando a história em que, ao que parece, é a avó que é comida, em Cascais foi mesmo Capucho.
Quem fez de Lobo?
Carlos Carreiras, naturalmente.
Contou-lhe uma história, se assumisse com tempo que estava com problemas de saúde e se afastasse para dar o lugar a Carlos Carreiras, este trataria de o fazer candidato a deputado e melhor que isso, Presidente da Assembleia da República.
Capucho caiu. Fez-lhe o frete e deu-lhe o palco.
No entanto as sondagens dão invariavelmente uma mísera notoriedade a Carreiras e, embora a máquina esteja a ser montada na CMC para pagar com língua de palmo a mega operação de marketing que puxará Carlos Carreiras para o conhecimento não local, nem glocal mas global (com o nosso rico dinheirinho a ser desviado da reparação dos buracos das estradas para transformar Carlos Carreiras numa espécie de Orlando Bloom com menos cabelo) o nervosismo é grande e nada, mas mesmo nada, pode falhar.
Por isso, quando começou a correr que Fernando Nobre queria ser presidente de qualquer coisa que permitisse diversificar a origem do dinheiro que lhe alimenta a família, o homem até é de Cascais, tem mais prestígio e notoriedade que Carreiras não conseguirá ter nem que viva até aos 269 anos, logo uns engraçadinhos se lembraram se Nobre não estaria por acaso interessado na Câmara de Cascais.
Os sinais de alarme dispararam e Carreiras apressou-se a saber se era verdade tal cenário.
Mesmo perante a negação, com estas coisas não se brinca e vai de convencer Passos Coelho a convidá-lo para ser Presidente da Assembleia da República.
Ah, e Capucho?... Que se lixe…
O Nobre aceitou, Coelho fez um número, que a sociedade civil e tal, Carreiras limpou o caminho de Candidaturas perigosas e Nobre meteu o pé no penico ao aceitar e vai passar a campanha a raspar o sapato sem resultado!...
E Capucho?
Ficou fulo. Não aceitou ser candidato a deputado e ameaça regressar à Câmara.
Mas é só ameaça.
Carreiras pode ficar descansado, Capucho já não volta e não será por sua causa que Carlos Carreiras irá perder as próximas eleições autárquicas.
Carreiras vai perder por demérito próprio, pela equipa que o segue, pelas negociatas que anda a fazer e que começam a deixar a malta um bocadinho nervosa, pelas promessas à Socrates, pela inconsistência da sua acção.
Cascais nas próximas eleições autárquicas vai dar que falar. Muito.
Se o PSD não arrepiar caminho e resolver encontrar um Candidato que não seja vendedor de banha da cobra vai-se dar mal e 12 anos depois larga a cadeira do poder!