domingo, 29 de agosto de 2010

É preciso evitar fazê-la...

A noticia de quinta-feira deixou-me a pensar na pseudo guerra que Carlos Carreiras pretendeu desenvolver por causa da qualidade da água da praia dos Pescadores, em Cascais no início desta época balnear.


Afinal na melhor água, como no pano, pode cair a nódoa castanha...


Mas, enquanto interessado e estudante do "fenómeno" Carreiras o meu pensamento focou-se no nome da Terra: Monte Estoril.
Claro que a este nome associamos sempre o nome Estoril Sol.
Estoril Sol que foi um Hotel, imagem de marca da entrada em Cascais, e que era uma parede de cimento com nenhuma beleza.


Carlos Carreiras, enquanto responsável pelo pelouro do Urbanismo, viria a aprovar a sua substituição, que mais não é do que uma parede de vidro, de volume imenso, igualmente com nenhuma beleza.

É um aborto, tal como o outro!

Um dia valerá a pena fazer a verdadeira história deste processo...

Mas como conclusão, Monte Estoril é afinal palco de demonstração desta máxima que eu acabei de inventar:





É preciso evitar fazê-la...

... Porque a "merda" que fazemos, mais tarde ou mais cedo fica aos olhos de toda a gente...


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Marquês de São Domingos e… Feriados

Na última Assembleia Municipal de Cascais, em que a Câmara Municipal esteve representada pelo seu Vice-Presidente, Carlos Carreiras, houve uma pequena demonstração do que seria uma Câmara presidida por este personagem.

A claque adorou.

Os outros partidos, habituados a que o respeito é bom e recomenda-se, ficaram siderados.

O verdadeiro CC veio ao de cima.

Arrogante, agressivo e um fala barato interminável, empurrou os trabalhos madrugada dentro, tendo sempre que ter a última palavra sobre cada assunto em discussão.

Com o entusiasmo de distribuir cacete à esquerda e à direita, sempre com o seu ar “cosmopolita da porcalhota” tem uma saída a dada altura que deixou toda a gente de boca aberta, excepto aqueles que com ela mais aberta deveriam ter ficado mas… não ficaram.

No meio de uma discussão, afirmou alto e bom som que seria o candidato do PSD à presidência da Câmara de Cascais às próximas eleições autárquicas e que seria também o candidato aos dois mandatos seguintes!

Curto e grosso, como já nos habituou.

Mas, questionar-se-á o leitor destas singelas linhas (esta humildade é para contrabalançar a soberba do personagem desta história…) o PSD é agora um partido monárquico, em que um qualquer Marquês de São Domingos e Feriados obtem de um qualquer monarca a definição do seu futuro para os próximos 12 anos?

Vai ser o candidato nas próximas eleições, na outra a seguir e ainda na outra também, está decidido e não se fala mais nisso?

A Comissão Política sabemos que é um fantoche de Carlos Carreiras ou do Marquês de São Domingos e Feriados para manter a linha de raciocínio, mas deveria ser ela a anunciar o candidato das próximas eleições que se realizarão daqui a 3 anos, já depois de terminar o mandato desta Comissão Política?

E os militantes do Partido, não têm nada a dizer porque o Marquês de São Domingos e Feriados já decidiu?

E a Distrital, a que Carreiras já nem se poderá candidatar, vai decidir já que o dito Marquês encabeça a lista para Cascais?

A Democracia tem algumas diferenças da oligarquia… pelo menos queremos todos acreditar que sim!

O entusiasmo é bonito mas a soberba tem destas coisas – deixamos de olhar as pequenas coisas à nossa volta e passamos a ter olhos apenas para o nosso grande, lindo, e redondo umbigo!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Empregos à medida

João Dias Coelho é um homem com sorte.

A vida dele tem sido construida, desde que se licenciou em Direito, sempre em lugares de nomeação política.

Não faço parte do lote de pessoas que acha que tem menos valor servir em lugares políticos. Alguém tem que os desempenhar e, quando bem desempenhados nada há a dizer.

Há pessoas que têm sentido de estado e do interesse público. Outros entram na política, servem-se de forma desbragada como se não houvesse amanhã para logo a seguir sairem pela porta pequena com o bolso grande.

Considero João Dias Coelho um exemplo de quem tem sentido de interesse público.

João Dias Coelho fez o seu percurso sempre debaixo da asa de António Capucho, com quem mantém há longos anos uma relação de amizade.

Foi assessor do grupo parlamentar do PSD quando António Capucho a ele presidiu, foi o dinamizador do grupo cívico da defesa da Paisagem Protegida Sintra Cascais para “partir a cabeça” a José Luis Judas e, claro está, veio com António Capucho para a esfera da Câmara Municipal de Cascais quando este ganhou as eleições para esta autarquia em 2002.

Presidiu à CAF, uma comissão de acompanhamento das empresas concessionadas (Águas de Cascais, Sanest e SUMA) e conseguiu, com a choradeira de que ganhava pouco para a quantidade de trabalho que desenvolvia, que António Capucho o propusesse para Administrador da Sanest, lugar com remuneração muito acima das que se praticavam nas empresas municipais e até superior à de Presidente de Câmara (Cerca de 4000 € líquidos/mês).

Depois…

Depois veio para a Câmara de Cascais Carlos Carreiras, Vice-Presidente e titular, entre outros, do Pelouro do Ambiente.

Aqui dá-se uma reviravolta a todos os níveis estranha ou … talvez não.

A fidelidade inquestionável a António Capucho por JDC começou a sofrer algumas alterações passando essa fidelidade a ser orientada em direcção a Carlos Carreiras.

Houve até uma situação profundamente desagradável em Assembleia Municipal, quando da discusssão do projecto da Cidadela, no auge da confrontação entre Carlos Carreiras e António Capucho, em que João Dias Coelho assumiu o ataque frontal a António Capucho, em defesa de Carreiras.

E João Dias Coelho conseguiu que Carlos Carreiras lhe conseguisse prolongar a remuneração na Sanest uma vez que, deixando de ser Administrador Executivo naquela empresa, Carreiras forçou a criação de uma Comissão de Acompanhamento da obra da Sanest, lugar ocupado por JDC com remuneração e demais condições equiparadas às de Administrador.

Mesmo à campeão, como logra ser Carlos Carreiras!

No final do ano de 2009 acabou-se a Comissão.

Carlos Carreiras resolveu o assunto de forma eficiente como é seu timbre.

Correu com o Administrador indicado por Cascais na Tratolixo, até porque Rui Ribeiro era um homem de mão de António Capucho, e colocou João Dias Coelho no seu lugar.

Ao que consta vai à Tratolixo às reuniões da Administração uma vez por semana, mantendo a sua remuneração de Administrador Executivo…

Ora tudo isto nem seria assunto para este blog não fora a atitude exibida por João Dias Coelho no último plenário do PSD Cascais.

Desembainhou da espada para defender a honra dos seus amigos Gabriel Goucha e Carlos Carreiras contra, pasme-se, “os tachistas que sempre viveram encostados ao poder e que agora se viram despojados dos seus lugares. Os ataques de que o Presidente da Distrital de Lisboa e da Comissão Política de Secção de Cascais estão a ser alvo são proferidos por ex-tachistas”.

Aprendemos qualquer coisa com a lição dada por João Dias Coelho num Plenário pouco concorrido e menos ainda interessante.

João Dias Coelho antes de abrir a boca deveria olhar para a sua história de vida, nem melhor nem pior do que muitos dos que já passaram “pelos tachos” autárquicos.

Mas valia a pena que o discurso ao invés de contra incertos, onde cabem todos, os bons - como ele se auto-intitula e os outros - os maus, por certo os que atacam a Concelhia e a Distrital, talvez fosse preferível chamar os bois pelos nomes. Assim, todos ficariam a saber quem ataca e porque “razão rasteira” o faz…